Ser alegria da sagrada face é expressar a alegria de Jesus para o mundo.(Frei Alzinir)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Papa cita Santa Teresa na homilia deste domingo

"Quem reza nunca está sozinho!"



"Caros irmãos e irmãs!

O Evangelho deste domingo (Lucas 11,1-13) apresenta Jesus recolhido em oração, um pouco separado dos seus discípulos. Quando ele termina, um dos discípulos diz: “Senhor, ensina-nos a rezar” (Lc 11, 1).

Jesus não faz objeção, não fala de fórmulas estranhas ou esotéricas, mas com muita simplicidade diz: “Quando orardes, dizei: Pai...’”, e ensina o Pai Nosso (cf. Lc 11, 2-4), trazendo-o da sua própria oração, com que se dirigia a Deus, seu Pai. São Lucas apresenta o Pai Nosso em uma forma mais breve que a do Evangelho de São Mateus, que entrou em uso comum.

Estamos diante das primeiras palavras da Sagrada Escritura que aprendemos desde crianças. Elas se imprimem na memória, moldam nossa vida, acompanham até o último suspiro. Elas nos revelam que nós não somos filhos de Deus de maneira já completa, mas que devemos nos tornar seus filhos e sê-lo sempre mais mediante uma comunhão mais profunda com Jesus. Ser filhos se torna o equivalente a seguir Cristo.

Esta oração também acolhe e exprime as necessidades humanas materiais e espirituais: “dá-nos, a cada dia, o pão cotidiano, e perdoa-nos os nossos pecados” (Lc 11, 3-4).

E precisamente pelas necessidades e dificuldades de cada dia, Jesus exorta com vigor: “portanto, eu vos digo: pedi e vos será dado; procurai e encontrareis; batei e a porta vos será aberta. Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate, a porta será aberta” (Lc 11,9-10).

Não é um pedido para satisfazer os próprios desejos, mas sim para manter viva a amizade com Deus, que – diz sempre o Evangelho – "dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem” (Lc 11,13). Experimentaram-no os antigos “padres do deserto” e os contemplativos de todos os tempos, tornando-se, com motivo da oração, amigos de Deus, como Abraão, que implorou ao Senhor que salvasse os poucos justos do extermínio da cidade de Sodoma (cf. Gn 18, 23-32).
Santa Teresa d’Ávila convidava suas irmãs de comunidade, dizendo:


"Devemos suplicar a Deus que nos livre de todo perigo e sempre tire todo o mal. E o quão imperfeito seja o nosso desejo, esforcemo-nos em insistir nesse pedido. Que custa tanto pedir, se nos voltamos para o Todo-Poderoso?”
Sempre que rezamos o Pai Nosso, a nossa voz se une à da Igreja, porque quem reza nunca está sozinho. Cada fiel deverá buscar e encontrará na oração cristã o próprio caminho, o próprio modo de rezar, e se deixará conduzir pelo Espírito Santo, que o levará, por meio de Cristo, ao Pai" (Sua Santidade, Papa Bento XVI, Mensagem do Angelus de 25/07/2010, tradução de zenit.org).



Santa Teresa de Jesus, rogai por

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